Corrente e Naufrágios

Performances no Paola Rettore C.A.S.A., dias 16, 17 e 18 de junho (respectivamente sexta, sábado e domingo), sempre às 20h, do trabalho “Correntes e Naufrágios” contemplado pelo Premio Klauss Vianna de Dança de 2009 – Funarte.
Correntes e Naufrágios é uma obra performance, que prioriza o estudo do movimento, em experimentação da autora , bailarina, coreógrafa, poeta Paola Rettore através do argumento da vagabundagem, do errante, das Pequenas Navegações e conta com a assinatura da dramaturgia do multiartista Rodrigo Campos.

Onde? Performances no Paola Rettore C.A.S.A. (acesse o link para reservar seu ingresso: http://www.paolarettore.com/index.php?option=com_content&view=article&id=106)

Quando? Dias 16, 17 e 18 de junho (respectivamente sexta, sábado e domingo), sempre às 20h.

Preço: R$40,00 p/ pessoa. Artistas pagam meia-entrada.

Mais Informações: (31) 98712414

Pilates Macunaíma

Primeira fase experimentação – ilusão – busca da imaginação e separação do chão.

1. Equipamento e sítio.
2. Aproximação reconhecimento preparação.

3. Coxo femoral sentada ancestral.

4. Continua sentada ancestral com memória de posição fetal.

5. Espreguiçadeira em cruz.
6. Experimentação da retirada do peso do chão. Começo do abandono da relação com a gravidade.

7. Experimentação com a soltura – ganhando coragem para entrar na rede.
8. Torção totalmente em oposição em mergulho peixinho já sem pés no chão.

9. 1° Posição: Intenção de navegação, nova maneira de orientação. Não há chão. Posição de meditação.
10. 2° Posição: Início do exercício básico de pilatesmacunaíma bruço, deitada na rede.

11. Movimento inicial: Bocejo e movimento inicial verdadeiro bocejo com lágrimas. Do movimento inicial nascem todos os outros movimentos.
12. 3° Posição: Alongamento a la seconde.

13. 4° Posição: treinamento fundamental. A posição é geradora de imaginação efusiva. (Efusão de sentimentos, ainda há sentimentos.)
14. Erros: O esgotamento físico pode ocorrer se houver negligência e esforço maior do que o necessário. O esgotamento físico pode levar a sequelas irrecuperáveis e até a morte.

Segunda Fase: Out Fit – Faixa Azul Gris

1.15 Entrada na rede já com o domínio e já faz parte da extensão do corpo.
2.16 Balancinho. Muito importante para o cérebro fazer parte do corpo, pois tudo depois terá novos conceitos. O líquido encefálico se mistura a todo o corpo. Já está na cara que existe um prazer. É o primeiro prazer. Recorda o movimento de balançar na gangorra.

3.17 Regozijo da gangorra.
4.18 3° Posição: Alongamento a la second.

5.19 Cambalhota.
6.20 X.

7.21 X tentando ver algo.

8.22 Positivo/Negativo.

9.23 1° Posição: Barquinho – en face – olhar para o infinito.
10.24 1° Posição: Barquinho contração.

11.25 Movimento inicial: Bocejo.
12.26 Movimento inicial verdadeiro bocejo com lágrimas.

13.27 Série deslocamento.
14.28 Série deslocamento.

15.29 Oposições avançadas.
16.30 Oposições avançadas.

17.31 Engajamento
18.32 Casulo.

19.33 Esgotamento de início de letargia.
20.34 Fase Sonhos.

21.35 Macunaíma-pilates nível 2 completo.

22.36 Série deslocamentos.

23.37 Transição.

Faixa Preta

1.38 Faixa Preta.

2.39 Entrada Faixa Preta.
3.40 Macunaíma pilates nível 3 completo – Faixa Preta.

4.41 Resultado: Ecstasies.
4.42 Faixa Preta: Idealizadora Paola Rettore.

Vagabundagem Dance Uncia - Circulação Caravana Funarte 2007

Fotos: Dudude Herrmann e Silvana Lopes

Vagabundagem Dance Uncia- Ouro Preto- 2008

Foto: Paola Rettore

Vagabundagem Dance Uncia- São Paulo 2008- Foto: Paola Rettore

Vagabundagem Dance Uncia - Paola Rettore - Designer Lais Freire - Porto Velho 2007

Fotos: Paola Rettore

Texto de Ana Rodriguez para a Vagabundagem Dance Uncia

La Vagabunda

de Paola Rettore

La vagabunda es un fragmento de tela translúcida y un poco tiesa que tiene la propiedad de enrollarse de una sola vuelta a toda estructura vertical rígida. Es un tutú de bailarina en desuso, es un elemento horizontal capaz hacer notoria la verticalidad de cualquier árbol o poste callejero. Es también una pesada tela de cortina que no procura ya ninguna oscuridad para la intimidad. Es un vestido que funge de red de pesca para una escena en la que la misma mujer hace el rol del pescador y el rol del pez, o mejor de cazador y su presa.

La vagabunda es una metáfora de la movilidad, pero no de toda movilidad sino de aquella operada por una subjetividad minoritaria o aminorada, feminizada, infantilizada. El signo dominante –masculino, fijo, inmóvil, castrante- intenta atrapar el signo de todo aquello que se escapa a él, de fijar el signo de su propio desborde.

Por una parte, la movilidad se refiere a la estrategia de impedir que el signo de esta subjetividad sea fijado, es decir a la práctica concreta –ya altamente trabajada desde hace 40 años- de resistirse a ser crucificada por elementos de labores domésticas (por la escoba y el trapeador en cruz) o a ser ahorcada por una cortina de baño en plena acera pública, o a ser quemada en la hoguera de la rutina alimenticia.

Por otra parte, el vagabundagem es la errancia, la imprecisión. Vagar o divagar se refieren a dejar de ver (a "des-ver"). Vagabundear era antiguamente un sinónimo de soñar. La vagabunda es aquella que aporta la ambigüedad en su gesto: atada, debatiéndose con aquello que la ata, ella es capaz de construir un sentido para ese "estar atado", hace del vestido que busca contenerla un hábitat, ubica diáfanamente en el lugar del árbol o del poste o del hidrante el lugar de un cuerpo ausente.

Ana Rodriguez